Um avião de passageiros civis é explodido por separatistas russos na Ucrânia, e tudo o que os jornais dizem são os fatos. A primeira hipótese é pura propaganda. O governo ucraniânio não tem controle nenhum sobre Donetsk, de onde partiu o míssil. A ideia de que seriam os próprios russos é também conversa fiada. Eles são malucos, sem dúvida, mas usam de sua loucura com método e não ganhariam nada matando inocentes. O ataque foi um erro militar, cuja origem é o Kremlin. Se um pai dá uma arma a uma criança furiosa, não é imprevisível que ela seja disparada por acidente. Mas, no mesmo sentido, ninugém reponsabiliza a Taurus pelas mortes dos ladrões que invadem à noite as casas. O ponto é que, embora nada possa ser alegado contra os fatos, uma opinião é absolutamente necessária nessas horas. Que regime os produziu? Há algo nesse regime que seja admirado e copiado em outras partes do mundo?
Para a
primeira pergunta, a resposta é simples. A Rússia ainda não acordou do sonho de
um pan-eslavismo que não respeita as soberanias nacionais de seus vizinhos.
Vladmidir Putin não é somente um presidente de uma república. Ele é o chefe de
um estado com pretensões imperialistas que não descansa enquanto não subjuga
qualquer um que ouse se levantar contra seus planos. E o pior, quando algo dá errado, recorre a uma propaganda mequetrefe para explicar o erro. A segunda pergunta é um mergulho na nossa
história, que acabaria por trazer à tona nomes de pessoas comprometidas com uma
ditadura de esquerda que vivem de esbrajear contra uma inexistente de direita.
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