Uns dizem que o volume disponível
no sistema Cantareira é de 400 milhões de litros d`água, enquanto outros afirmam que seriam 511 milhões. Os políticos, é claro, buscam tranquilizar a população
divulgando o maior número possível. Os cientistas, entretanto, embora também
desejem que ninugém se preocupe com a estiagem, buscam fazer com que a reserva
técnica seja respeitada. Esse é o nó da controvérsia. Se o sistema fica abaixo
de um nível mínimo, as bombas não teriam como operar de modo que, ainda que houvesse
água, ela não chegaria até as torneiras de São Paulo. Se, no entanto, a situação
chegar ao desespero, nada impediria que todos fôssem com seus baldes retirar a
água de que necessitam diretamente da fonte. Portanto, a preocupação dos
cientistas não é tanto com o sistema, mas sim com a comodidade de se ter água
encanada. Esse é o problema com a ciência.
Em vez de deixarem claros seus pressupostos, eles simplesmente aderem cegamente
a idea de o mundo é necessariamente tão agradável quanto um passeio pelo
parque. Eles se esquecem do pecado original do sistema Cantareira, que é o de ser
construído para alimentar antes de mais nada a população urbana.
sábado, 9 de agosto de 2014
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