segunda-feira, 23 de junho de 2014

Adubo

Um dos problemas da modernidade é ver nos laços de sangue doenças genéticas.  Mas eles são também o único modo de a sociedade se opor à tirania do Estado. Na Itália, porém, o mundo está de cabeça para baixo. O governo tem uma boa causa contra a família.  Mas essa é a própria exceção que prova a regra. A política estatal não é boa porque vai contra a família, mas sim porque família em questão, Ndrangheta, está de tal modo virada para de ponta cabeça que praticamente clama para ser extirpada.  Não, é porém, somente pela força que bem trinufa.

D. Giacomo Piazza é um padre na Calábria. Fundou um projeto para ajudar aleijados a conseguir empregos. Quando chegou à cidade, resusando-se a pagar o dízimo à organização criminosa, a máfia furou os pneus de seu carro. Ele o tomou como uma sinal de contradição que o confirmava no seu caminho. Não faz muito, um imóvel foi confiscado da Ndrangheta. Ninugém ousava arrematá-lo em leilão.  D. Giacomo, para quem ser padre é incompatível com ser covarde, toma o prédio, que antes funcionava um ponto de encontro de jogadores e dorgados, para seu projeto comos deficientes. 

O bem triunfa quando não enfrenta diretamente o mal. Não há como medir forças com o crime organizado. O caminho é tomar o que eles deixam para trás e fazer desse esterco adubo para a terra onde florescerá a justiça.

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