sábado, 28 de junho de 2014

Campanha Eleitoral

Existem poucas coisas tão interessantes nos jornais quanto às eleições. O candidato mais respeitável é o pernambucano Eduardo Campos. Seu projeo de conciliação é o melhor remédio para sanar as divisões que existem no Brasil. Há, no entanto, um ponto em que ele e os demais não se manifestam em alto e bom som. Esse ponto, todavia, é crucial para o destino dos brasileiros. Trata-se de saber se, uma vez eleito, sua conciliação se estenderá ao conflito entre os teóricos de um governo marxista e os teóricos de um governo metafísico. A bancada evangélica e a bancada do PT são as mais organizadas do Cogresso, e o presidente que for eleito no próximo outubro terá mais trabalho com elas do que com qualquer crítica pragmática que a mídia venha a fazer.

Não há muitas soluções possíveis. As duas posições são diametralmente opostas. Em questões como a da vida, o melhor seria se espelhar no pragmatismo norte-americano da fundação Bill Gates. Os marxistas, ao fim e ao cabo, não passam de pessoas práticas perdidas em meio a um debate cujo passado eles se negam a compreender. Eles se fecham na sua própria doutrina e acusam os outros de sectarismo. Mas o ponto fundamental é que é impossível ter uma certeza exata sobre  quando começa a vida.  Ela, claramente, é anterior ao nascimento, pois nada do que é poderia vir do que não é. Deixada, porém, a metafísica de lado, o único certo é a incerteza. E diante da incerteza sobre algo tão fundamental, a melhor atitude que os pragmáticos podem assumir é a do bom senso. A vida é algo intocável, e qualquer medida que possa colocá-la em riso vai contra a razão. Se isso ficasse calro na campanha de Eduardo Campos, ele seria sem dúvida um candidatos imbatível.

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