Não
há muitas soluções possíveis. As duas posições são diametralmente opostas. Em
questões como a da vida, o melhor seria se espelhar no pragmatismo
norte-americano da fundação Bill Gates. Os marxistas, ao fim e ao cabo, não
passam de pessoas práticas perdidas em meio a um debate cujo passado eles se
negam a compreender. Eles se fecham na sua própria doutrina e acusam os outros
de sectarismo. Mas o ponto fundamental é que é impossível ter uma certeza exata
sobre quando começa a vida. Ela, claramente, é anterior ao nascimento,
pois nada do que é poderia vir do que não é. Deixada, porém, a metafísica de
lado, o único certo é a incerteza. E diante da incerteza sobre algo tão
fundamental, a melhor atitude que os pragmáticos podem assumir é a do bom senso.
A vida é algo intocável, e qualquer medida que possa colocá-la em riso vai
contra a razão. Se isso ficasse calro na campanha de Eduardo Campos, ele seria
sem dúvida um candidatos imbatível.
sábado, 28 de junho de 2014
Campanha Eleitoral
Existem
poucas coisas tão interessantes nos jornais quanto às eleições. O candidato
mais respeitável é o pernambucano Eduardo Campos. Seu projeo de conciliação é o
melhor remédio para sanar as divisões que existem no Brasil. Há, no entanto, um
ponto em que ele e os demais não se manifestam em alto e bom som. Esse ponto,
todavia, é crucial para o destino dos brasileiros. Trata-se de saber se, uma
vez eleito, sua conciliação se estenderá ao conflito entre os teóricos de um
governo marxista e os teóricos de um governo metafísico. A bancada evangélica e
a bancada do PT são as mais organizadas do Cogresso, e o presidente que for
eleito no próximo outubro terá mais trabalho com elas do que com qualquer
crítica pragmática que a mídia venha a fazer.
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